quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Conheça a "Proposta de Valor para Sócios Coletivos e Patrocinadores Globais da APDSI"


Acreditamos que apoiar uma associação como a APDSI, com tantas provas dadas em prol da Sociedade da Informação em Portugal, é uma fantástica forma de dar destaque à sua marca, junto do público o mais adequado possível, e permitindo que se destaque no meio das múltiplas ofertas que o mercado tem para lhe oferecer.

Ao tornar-se patrocinador global da APDSI está presente em eventos frequentados em grande número pelo seu público-alvo e que representam uma oportunidade valiosa para reforçar a sua marca. Se optar por ser patrocinador específico de um evento de menor dimensão, o investimento também será reduzido e, por sua vez, terá um impacto menor no seu budget anual.

Já enquanto sócio institucional, vai poder integrar os grupos de trabalho, contribuir para as tomadas de posição e ainda ver os seus eventos difundidos na rede de contactos da APDSI. Um encontro da APDSI pode trazer-lhe bons resultados e permite-lhe, ainda, estar ao lado de grandes players do mercado aumentando a  sua credibilidade.

Deste modo, acreditamos que a APDSI e os valores que promove e difunde através dos seus diversos eventos anuais são um espaço a considerar para a promoção do seu produto.

Consulte aqui o documento com a "Proposta de Valor para Sócios Coletivos e Patrocinadores Globais".

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

APDSI apresentou "O Business Intelligence na transformação da Administração Pública"

O estudo foi apresentado no auditório atmosfera m, em Lisboa


A APDSI, Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, apresentou ontem publicamente o estudo "O Business Intelligence na transformação da Administração Pública" no auditório atmosfera m, em Lisboa.

O estudo, que pode consultar na íntegra aqui, foi desenvolvido pelo Grupo de Trabalho Business Intelligence, um dos que nasceu de forma espontânea neste ano. A APDSI tem 14 grupos permanentes a trabalhar de forma ativa e regular e tem outros ad-hoc; este é um deles. «Estamos a retomar uma das atividades da APDSI que era a elaboração de estudos», diz Luís Vidigal, presidente da Direção da APDSI, na introdução à apresentação do estudo.

"O Business Intelligence na transformação da Administração Pública" parte da convicção de que os sistemas de BI podem contribuir para uma melhoria dos serviços da Administração Pública. Através do Business Intelligence podem antecipar-se as necessidades do cidadão e correlacioná-las entre os diferentes serviços prestados. Também é possível ter uma melhor gestão, baseada em indicadores, potenciando um melhor conhecimento sobre a realidade em que a Administração Pública se move. Maior automatização de processos e produtividade, maior transparência e prestação de contas e melhor gestão baseada em indicativos de desenvolvimento da capacidade analítica, são tudo benefícios que, segundo o grupo, a AP pode vir a obter com o BI.

Por Business Intelligence o grupo entende ser a combinação, de competências de negócio e tecnológicas em conjunto com processos, aplicações e as melhores práticas, que permitem a análise de informação com o intuito de melhorar e otimizar decisões e desempenho.

Para se perceber a importância dos dados, João Catarino Tavares lembrou que não há sistema de informação sem dados de qualidade; os dados são as fundações do edifício em que assenta a transformação digital e as novas formas de organização; a transformação digital começa nos dados mas também se fica por eles se tiverem má qualidade; os dados são um ativo frequentemente descurado e mal gerido; é pelos dados que tem de se iniciar a transformação. «Muitas vezes falamos ao cidadão de forma tão hermética e ele não compreende. Boas práticas da AP é comunicar de outra forma e potenciar outro tipo de cidadania», refere o coordenador do estudo da APDSI.

A mudança de paradigma de gestão e decisão é um dos grandes desafios que a AP vai enfrentar em 2018, agravado pela entrada em vigor do Regulamento Europeu de Proteção de Dados.

O estudo foi feito a entidades da administração central, regional e local (1090) e 307 responderam.

Só um terço das entidades inquiridas tem sistemas de BI implementados; 202 não têm (maioria); 116 não estão a prever fazer essa implementação.

Uma das maiores dificuldades encontradas para implementação de BI é a fraca qualidade dos dados (71%), enquanto 36% refere a resistência interna à mudança. A falta de competências e limitações de orçamento também são referidas. Só 27% dos inquiridos tem processos de monitorização de dados. 8% das entidades não mostra sensibilização para o assunto RGPD e só 50% admite ter projetos de adequação dos sistemas para o Regulamento Europeu de Proteção de Dados.

Contudo, do lado dos bons exemplos nas práticas de BI encontramos o dicionário de dados da Autoridade Tributária, o BIORC - Business Intelligence do Orçamento - DGO, o projeto SIGNAL - Instituto de Informática, IP., o portal de transparência municipal - DGAL/AMA e a área da transparência do Ministério da Saúde. O objetivo da APDSI com este estudo foi «obter uma visão geral do panorama dos sistemas de BI na AP». Na área da saúde, por exemplo, a Microsoft tem um caso de sucesso em BI na implementação da solução HVital, implementada no Hospital de São João pela Devscope. A solução HVital é uma plataforma de analítica clínica avançada capaz de prever até 30% das admissões na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), com sete dias de antecedência, permitindo aos profissionais agir em antecipação.

Conclusões:

- A transformação digital começa nos dados que devem ser a base de todos os processos da Administração Pública. Se as decisões forem baseadas em dados serão mais afirmativas e menos contrariáveis;
- Governo e Administração Pública funcionam em perspetivas diferentes que é preciso saber articular através dos sistemas de BI que podem criar uma camada de integração que as torne mais conciliáveis;
- É preciso ter indicadores de todos os departamentos para conciliar várias perspetivas;
- Transparência e centralização na comunicação = cidadania. Hoje em dia a informação está espalhada por vários sites e o cidadão perde-se na sua pesquisa.
- A informação tem de chegar ao cidadão de forma simples.
- Os sistemas de BI permitem conhecer o perfil do cidadão.
- É notória a escassez de recursos humanos da área de BI e na área das TIC (e reconhecido pelo INA e pela esPAp)
- A liderança é o fator principal para a transformação digital, não basta uma decisão legislativa.

Recomendações do Grupo de Trabalho:

- Tem de haver liderança na implementação do BI (e tem de ser o Governo);
- Os sistemas de BI devem ser implementados pelos sistemas partilhados;
- É imperativa a centralização e integração de dados, para não continuarem espalhados;
- Criação de centros de competência nos organismos públicos;
- Desenvolvida uma estratégia para a gestão de dados (os dados não são da informática; são das pessoas e das entidades);
- Promoção da digitalização dos processos que existem na AP.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Docente da Universidade de Coimbra lidera Consórcio Europeu para a Matemática na Indústria



Adérito Araújo, docente e investigador do departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), é o primeiro português a liderar o European Consortium for Mathematics in Industry (ECMI), um consórcio de empresas e instituições académicas que visa promover e apoiar o uso da modelação, simulação e otimização matemáticas no tecido empresarial europeu.

Fundado em 1987, o ECMI tem contribuido para fortalecer a matemática industrial na Europa, através de várias iniciativas, tanto no campo da investigação, como no ensino ou na transferência de tecnologia, facilitando o acesso das empresas ao conhecimento e ao know-how existente na academia.

O objetivo do seu mandato passa por realizar atividades que visem o desenvolvimento da Matemática Industrial, nomeadamente, promover e facilitar as relações estratégicas entre os investigadores da área, promover a participação de matemáticos em projetos estratégicos em colaboração com a indústria, bem como aumentar a confiança e o interesse da indústria na comunidade matemática, por exemplo.

Adérito Araújo encara a sua eleição como "o reconhecimento pelo trabalho que, nos últimos anos, tem vindo a ser desenvolvido no âmbito da Matemática Industrial em Portugal" e frisa que o facto de um português assumir a presidência do ECMI "constitui uma oportunidade, não só para que a comunidade matemática nacional se possa afirmar como protagonista no processo de desenvolvimento da Matemática Industrial a nível europeu, mas também para colocar a Universidade de Coimbra e o país mais próximo dos centros de decisão das políticas europeias relacionadas com a investigação e transferência de tecnologia nesta área científica".

A Matemática Industrial, sublinha o novo presidente do Consórcio Europeu para a Matemática na Indústria, "desempenha um papel fundamental no estímulo do crescimento económico da Europa. O constante desenvolvimento tecnológico e os ciclos de inovação cada vez mais frequentes exigem respostas simples e eficazes para problemas complexos enfrentados pelo mundo empresarial. Neste contexto a Matemática assume particular relevância".

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

itSMF debate Estratégias de Cloud Computing



Na edição de 6 de dezembro do IT’S TIME TO TALK ABOUT, a itSMF debateu as várias Estratégias de Cloud Computing que existem e podem vir a existir no mercado.

As pequenas e grandes organizações começam já a utilizar soluções de cloud para gerir os seus negócios, contudo, Abel Aguiar, da Altice, salienta que apenas 14% das PMEs têm alguém responsável por esta área; as restantes recorrem a outras lojas e serviços igualmente pequenos para prestarem uma assistência e um apoio que começam a já não ser suficientes para a resposta que o mercado exige. «As burocracias são também um problema; uma barreira de adoção de cloud computing. As organizações têm que se transformar para tirarem partido desta realidade», admite Abel Aguiar.

A previsão do quadro de especialistas que integrou a mais recente edição do IT’S TIME TO TALK ABOUT aponta para um futuro a médio prazo no qual vamos passar muito tempo em clouds públicas e privadas a conviverem em simultâneo. «O desafio atual passa por fazer algo que seja mais simples do ponto de vista da gestão destes vários ambientes. Os quadros legais vão atrás dos quadros tecnológicos; as empresas vão otimizar o que faz sentido estar na cloud pública ou privada», prevê Abel Aguiar.

O cenário é particularmente desafiante se tivermos em conta que 30% das PMEs ainda não tem um website nem página de Facebook. A observação sobre este tema diz-nos que as empresas adotam menos rapidamente as tecnologias do que o utilizador comum.

Vasco Afonso, da Claranet, desmistifica o receio deste processo de transição para a cloud ao esclarecer que é muito fácil ligar uma cloud pública a uma privada: «Em organizações como a banca os mainframes são o core do negócio e há ali muitas aplicações que estão preparadas para ir para a cloud. O mindset tem de passar a ser: a cloud em primeiro lugar».

As clouds que dão suporte a sistemas de saúde e de apoio à vida, por exemplo, não podem estar muito longe (nunca mais de 10 milissegundos de demora no acesso) senão vão ter problemas de desempenho. Para contornar este problema o que se está a fazer é converter essas aplicações num sistema que seja suportado na cloud.

Falando sobre a cloud da Microsoft, João Tedim reconhece que há determinadas evoluções que só se podem fazer se forem aplicadas em determinada escala: «Um datacenter da Microsoft tem um conjunto de medidas de segurança que só se podem ter quando há escala porque custam muito dinheiro. Há inovação que também só posso ter se tiver escala e as parcerias certas. As organizações é que vão ter de alavancar o modelo que existe para potenciarem os seus negócios». 

A Microsoft, que tem oito datacenters na Europa, tem visto as empresas trazerem as tecnologias para a sua agenda de prioridades porque a inovação tecnológica, tarde ou cedo, acaba por impor-se.

João Tedim afirma que, se explorarmos a questão da segurança com factos, facilmente se percebe que não há razão para receios: «O nosso negócio depende da confiança que os clientes depositam em nós. Se, nalgum momento, houver uma brecha de segurança e os datacenters da Microsoft permitam aceder aos dados dos clientes de forma ilegal, o nosso negócio morre e nunca mais ressuscita».

Na empresa há equipas que todos os dias têm como missão atacar e outras equipas que têm por missão defender-se; são a blue team e a red team. 

O debate contou com a moderação de José Carlos Martins. O IT’S TIME TO TALK ABOUT regressa em 2018.

APDSI completa 16 anos



A APDSI está a assinalar o seu 16.º aniversário de existência.

Para agradecer e todos os sócios e colaboradores pelo empenho em mais um ano de trabalho e parceria, convidamo-lo a passar nesta terça-feira, dia 12, pelas instalações da Associação, a partir das 18h00, para celebrarmos mais um aniversário da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação mas, acima de tudo, para darmos as boas-vindas a todas as novidades que estamos a preparar para 2018.

Todos os nossos parceiros são responsáveis pelas nossas conquistas. Esperamos poder contar com o trabalho de todos por mais um ano, enquanto celebramos com uma fatia de bolo os 16 anos de vida da APDSI.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

APDSI apresenta o estudo "O Business Intelligence na transformação da Administração Pública"


A APDSI, Associação para a Promoção e o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, vai apresentar publicamente o estudo "O Business Intelligence na transformação da Administração Pública" no dia 14 de dezembro, às 10h30, no auditório atmosfera m, em Lisboa.

No âmbito do seu plano de atividades, a APDSI tem vindo a efetuar um estudo sobre o Business Intelligence (BI) na Administração Pública. Este estudo procura analisar quais os impactos positivos que a utilização dos sistemas de BI pode ter no processo de modernização e transformação digital da Administração Pública. O estudo é sustentado por um questionário dirigido a mil entidades do setor público administrativo e respondido por cerca de 300.

O trabalho foi desenvolvido por quadros da Administração Pública, sob coordenação de João Catarino Tavares, e constitui um valioso contributo para a melhoria da gestão da informação no setor público. As mais de 40 páginas do relatório mostram como o BI pode responder aos desafios que se colocam à Administração Pública. O documento inclui também a visão de mercado de algumas empresas com produtos e serviços nesta área.



A participação na sessão de apresentação é gratuita mas de inscrição obrigatória que pode fazer aqui.

A APDSI, Associação para a Promoção e o Desenvolvimento da Sociedade da Informação é uma associação sem fins lucrativos com o estatuto de utilidade pública, que tem por objeto a promoção e o desenvolvimento da sociedade da Informação e do conhecimento e a transformação digital do nosso país.




terça-feira, 5 de dezembro de 2017

"IT'S TIME TO TALK ABOUT" de 6 de dezembro: Estratégias de Cloud Computing


A próxima edição de "IT'S TIME TO TALK ABOUT", da itSMF, terá como tema as Estratégias de Cloud Computing e vai realizar-se amanhã no ISCTE, em Lisboa, entre as 17h00 e as 19h00.

A computação em nuvem ou cloud, tem auxiliado muitas organizações a transformar as suas práticas e operações no que se refere ao TI. Poderá mesmo dizer-se que a "nuvem" se afirmou como uma revolução tecnológica para as organizações. A rapidez no uso de plataformas tecnológicas, serviços ou aplicações e o custo relativo à sua utilização, suporta esta revolução que tendencialmente se cristaliza na vida quer das empresas quer dos cidadãos.

Numa primeira fase as organizações fixaram-se nas potencialidades da nuvem, como uma forma rápida e a mais baixo custo de obterem acesso a infraestruturas tecnológicas (IaaS), o que permitia implementações muito céleres e práticas. No entanto à medida que a nuvem foi amadurecendo, as organizações perceberam que a cloud poderia oferecer muito mais que infraestrutura, poderia fornecer software e aplicações ou serviços.

Ao conceito de modernização tecnológica inicial proporcionado pela cloud começa a sobrepor-se o conceito de inovação e transformação digital, levando a que as organizações olhem para a nuvem como uma forma de potenciar e fazer crescer o seu negócio.

As pequenas e grandes organizações, começam já a utilizar soluções de cloud para gerir o seu negócio. Através de estratégias bem alinhadas com o negócio, obtendo melhores resultado na gestão, na melhoria de processos, nas áreas financeiras, marketing, e vendas.

Apesar da afirmação da nuvem, existem ainda algumas organizações que ainda olham para a cloud com alguma incerteza, muito por fruto da incapacidade de definição de uma estratégia de alinhamento do seu negócio com as potencialidades que a nuvem podem oferecer e perceber quais os retornos efetivos que podem potenciar com esta "adesão".

Estratégias de Cloud Computing. Como estar preparado para abordar esta realidade? Como é que as organizações podem aproveitar convenientemente as soluções em nuvem? Como podem interrelacionar de forma mais eficaz a o seu negócio com a nuvem? Quais os grandes desafios que se colocam às organizações que aderiram à nuvem?

Estas e outras questões, serão abordadas por especialistas em Cloud Computing, no próximo It’s Time to Talk About que se realiza amanhã, dia 6, no auditório 0NE01 do ISCTE. As inscrições são gratuitas mas obrigatórias e podem ser feitas aqui.

Agenda:

17h00: Receção dos participantes e café de boas vindas

17h15: Abertura, Luís Braga, itSMF Portugal

17h20: Mesa de debate: "Estratégias de Cloud Computing"

Moderador: José Carlos Martins, IT'S TIME TO TALK ABOUT

Painel:
Abel Aguiar, PT Telecom
João Tedim, Microsoft Portugal
Vasco Afonso, Claranet

19h00: Encerramento

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Protótipo para exploração subaquática de minas terrestres do INESC TEC testado com sucesso


O projeto europeu ¡VAMOS! (Viable Alterantive Mine Operating) testou com sucesso o protótipo para exploração subaquática de minas terrestres que tem vindo a desenvolver desde 2015.

Esta tecnologia vai contribuir para explorar a riqueza dos recursos minerais subaquáticos na Europa.

O teste foi feito no Reino Unido, no final do mês de outubro, com a ajuda dos parceiros que têm estado a trabalhar nos vários componentes do projeto, ou seja, INESC TEC (Portugal), SMD Ltd (Reino Unido), Damen Dredging Equipment (Holanda).

Um grupo de cerca de 30 profissionais assistiu ao teste. Os visitantes, divididos em pequenos grupos, receberam instruções de segurança e foram levados de barco até à embarcação de lançamento e recuperação na área de demonstração localizada em Lee Moor (Devon, Reino Unido). Foi nesse local que os visitantes puderam inspecionar o veículo de mineração e testemunhar a implantação e recuperação do protótipo. O teste incluiu também uma visita ao centro de dados e controlo de unidades, com recurso à realidade virtual, onde toda a maquinaria é controlada e onde todos os dados são recolhidos em tempo real.

O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (NESC TEC) tem sido um dos parceiros no projeto que está a construir um protótipo robótico para exploração mineira subaquática e todo o equipamento associado de lançamento e recolha que estão a ser usados para levar a cabo testes sobre depósitos minerais em quatro locais diferentes na União Europeia.

«Este projeto foi originalmente conceptualizado por mim e pelo Professor Eduardo Silva do INESC TEC. Estamos muito satisfeitos com os resultados positivos desta primeira fase de testes, onde podemos destacar pontos, tais como o facto de termos conseguido superar os problemas civis e ter tido bom acesso ao poço em Lee Moor, de termos aumentado a capacidade de diferenciação dos minerais, aumentado o processamento de dados quase em tempo real e fornecer boas imagens aos pilotos ou o facto dos sistemas de controle integrado terem funcionaram bem», refere Stef Kapusniak, coordenador técnico do projeto iVAMOS!

Uma vez que o protótipo do iVAMOS! se baseia em técnicas de mineração em mar profundo, vai garantir uma opção mais segura e menos poluente para o aproveitamento económico de depósitos minerais que atualmente não são exploráveis por métodos tradicionais.

Em maio a APDSI abordou a temática da robotização na conferência sobre "Desafios Sociais e Tecnológicos na Conceção de Robôs" que pode recordar aqui.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Aplicação portuguesa ajuda a detetar sintomas de anemia



Uma aplicação desenvolvida em Portugal vai ajudar a identificar sintomas da anemia. Com o nome "Sintomas de deficiência de ferro", a nova app propõe-se ajudar a resolver um problema que afeta um terço da população mundial.

Os dados da Organização Mundial de Saúde indicam que a deficiência de ferro é um problema generalizado e um dos principais responsáveis pela anemia, doença que afeta um em cada cinco portugueses adultos.

Mais especificamente, 52,7% de todos os casos de anemia são resultado de uma deficiência de ferro. Quando esta se instala, significa que o ferro é insuficiente para dar resposta às necessidades do organismo, uma vez que este é um elemento essencial para o funcionamento saudável de todo o corpo.

Foi a pensar na necessidade de identificar estes casos que foi lançada a aplicação disponível para Android que contém um explorador de sintomas interativo, vídeos informativos, um guia de discussão para doentes e links para o site que lhe deu origem. O principal objetivo é que os utilizadores aprendam a reconhecer os sintomas da deficiência de ferro e da anemia por deficiência de ferro.

Em março de 2016 a APDSI trouxe momentos de reflexão para a sociedade civil sobre o movimento de transformação do setor da saúde com particular ênfase em Portugal onde as TIC foram apresentadas como as principais agentes inovadoras desta transformação. Recorde aqui as apresentações e os vídeos.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Há um novo método para monitorizar o estado da rede elétrica nacional e ganhou o prémio REN


Há um novo método para monitorizar o estado da rede elétrica nacional. Trata-se de um robô que tem um percurso para fazer, que ao longo desse caminho capta sinais luminosos e acústicos para se orientar e que tem que combinar esses sinais de modo a formar um mapa interno que lhe explique a realidade exterior. O método valeu a Bruna Tavares o prémio REN, no valor de 12,5 mil euros.

O novo método proposto pela investigadora, que no fundo consiste em produzir de forma semelhante uma fusão sensorial de sinais captados por diferentes aparelhos para melhor entender o estado da rede elétrica nacional, foi o prémio vencedor da edição deste ano do mais antigo galardão português a reconhecer contribuições científicas.


Qual a vantagem deste novo método? Vai ajudar o operador a controlar e a aumentar a qualidade de serviço da rede, o que vai levar a um melhor desempenho no serviço prestado ao consumidor.

«Para o consumidor final é dado como garantido o facto de ter energia a chegar a sua casa, mas para que isso seja possível, e com qualidade e precisão, é preciso ter em conta vários processos» explica Bruna Tavares, investigadora do Centro de Sistemas de Energia (CPES) do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).


Mas o que é que existe atualmente? Ao longo do sistema elétrico existem os chamados sensores convencionais para medir o estado da rede. Mais recentemente, em países como o Brasil ou Espanha, surgiram também sensores mais avançados, que recolhem medidas do sistema elétrico com etiquetas temporais e de GPS. Estes sensores, que são muito caros, não precisam de ser colocados ao longo de toda a rede, desde que fundidos de forma correta com os sensores convencionais.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Conversas em fim de tarde na APDH



A APDH está a organizar a Conferência "Integração de Cuidados e Literacia em Saúde. Capacitar o Cidadão no SNS", em colaboração com o Núcleo de Apoio Estratégico do Ministério da Saúde (MS) e patrocínio da Direção-Geral da Saúde (DGS), e em simultâneo, a 11.ª edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde®, que se realizam hoje e amanhã, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa - ESTeSL.

No dia 23 de novembro, durante a Conferência "Integração de Cuidados e Literacia em Saúde. Capacitar o Cidadão no SNS" e à margem do Encontro da 11.ª Edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde®, estão previstos diversos workshops, incluindo as Conversas de Fim de Tarde "Doenças Raras e Medicamentos Órfãos: Constrangimentos e Oportunidades", na Sala A, da ESTeSL, que conta com o apoio da AMGEN.

A moderação está por conta de Ana Escoval, Presidente do CA do Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

APDSI no maior evento de tecnologia da Europa: E depois da Web Summit 2017?



Depois da edição de 2017 da Web Summit em Lisboa, por onde passaram mais de 59 mil pessoas de cerca de 50 países, um comentário de Luís Vidigal, presidente da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, a título pessoal nas redes sociais, gerou uma acesa troca de opiniões em torno do associativismo e das novas tecnologias na Sociedade da Informação.

Num dos três dias do evento, e ao partilhar um Uber Pool para sair da Web Summit com um orador e jornalista do New York Times, a conversa sobre o "Portugal das startups" foi incontornável. Luís Vidigal acredita que continuamos a demonstrar grandes sinais de debilidade em questões estratégicas e estruturais. «Portugal parece ser um país feito de iniciativas descartáveis e de curto prazo. Quando eu lhe disse que era presidente da APDSI, enquanto associação de referência deste setor, ele perguntou-me porque não tínhamos sido envolvidos na organização. Fiquei sem palavras... Mais uma vez o país demonstrou uma completa desassociação entre o evento em si e a estratégia de desenvolvimento para a sociedade da informação e do conhecimento».

Na opinião do presidente da Associação, pelo preço que cada startup tem de pagar pelo «minúsculo espaço» que lhe é atribuído e que pouco retorno lhe traz, o evento «serviu apenas como palco para políticos na sessão de abertura e demonstrou mais uma vez o total desrespeito pela sociedade civil no nosso país».

De entre as opiniões que o comentário originou, várias são as que sublinham a vantagem de um evento como este, enquanto propagador de Portugal como país cheio de valências turísticas, mas vazio de quaisquer oportunidades reais de trabalho e crescimento económico. Esse dinheiro com que Portugal alavanca o projeto de Paddy Cosgrave «investido na internacionalização da nossa indústria, em particular na que cria volume de emprego para a mão de obra menos qualificada que temos, e para a qual não há empregabilidade», seria, provavelmente, mais produtivo, lê-se nos comentários.

Há, contudo, quem olhe para a Web Summit como apenas «um evento corporativo que tem uma organização focada no lucro».

Não restam muitas dúvidas de que Portugal é um ótimo anfitrião de festas, conferências e festivais, além de sermos excelentes a "vender" o nosso espaço, gastronomia e sol, mas o futuro parece estar ainda longe de nos reservar um lugar de destaque no panorama mundial das novas tecnologias. «Ouvi algumas vozes livres e disruptivas na arena, mas nenhuma foi portuguesa», aponta Luís Vidigal.

Só este ano a APDSI organizou seis conferências, dois fóruns de reflexão, elaborou dois estudos e assumiu publicamente duas tomadas de posição, organizou as olimpíadas nacionais e internacionais de informática e tornou-se num ponto focal para a implementação do RGPD - Regulamento Geral para a Proteção de Dados. Estas iniciativas foram sustentadas sem qualquer apoio estatal.

Neste ponto, e, mais uma vez, refletindo as opiniões que o post motivou, há quem entenda que o Estado se deve demitir destas questões.

Nesta reta final de 2017 e depois de um novo rumo traçado pela Direção que tomou posse em março, a APDSI volta a assumir-se como um espaço de reflexão sobre a era digital, caracterizado por pensamento livre, independente e interventivo. A APDSI constitui-se como um ponto de encontro em Portugal, entre empresas, profissionais, académicos e instituições públicas, tendo como objetivo o desenvolvimento e a transformação digital do país de forma inclusiva e sustentada, através da dinamização de 14 grupos permanentes. 

Sobre a falta de diálogo inicialmente apontada pelo presidente da APDSI entre a Associação e a organização da Web Summit, várias foram as vozes que afirmaram ser necessário «algo semelhante que junte as empresas transformadoras escondidas por Portugal fora e que contribuem realmente para a exportação. Que inovam sozinhas e que devem ser apoiadas ao invés de unicórnios sobrevalorizados».

Para a Associação continuar a crescer e a fortificar a sua influência na Sociedade da Informação são necessários mais sócios e mais vozes nesta luta pela promoção e desenvolvimento da Sociedade da Informação em Portugal.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Lisboa Robotics na Semana Europeia de Robótica



Está a decorrer até dia 26 a Semana Europeia de Robótica. Esta é já a sexta edição de um evento que conta com mais de mil eventos em cidades de toda a União Europeia, com o objetivo de demonstrarem a importância crescente deste setor em campos como a educação e a saúde, por exemplo.

Desde o seu lançamento, em 2011, a European Robotics Week aproximou mais de 400 mil participantes das últimas novidades na pesquisa e no desenvolvimento das tecnologias robóticas.

Neste grande evento europeu participam, desenvolvendo várias ações, muitas organizações de robótica da Europa. O Lisboa Robotics está a dinamizar um conjunto de iniciativas. No átrio do Edifício Central da CML, no Campo Grande, está um stand por um período de meio dia / um dia para cada projeto / empresa que tenha demonstrado interesse em participar. Este espaço permite mostrar os vários projetos a um público que atinge em média os mil visitantes diários e permite, também, a interação com os munícipes no Serviço de Atendimento do Edifício.

Até domingo também se vão realizar open-houses que permitem mostrar a dinâmica que se vive com a robótica instalações das instituições aderentes.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

2.ª Conferência Anual da PASC a 30 de novembro


A PASC - Casa da Cidadania vai realizar a sua 2.ª Conferência Anual no próximo dia 30 de novembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

No evento será entregue pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Prémio Cidadania 2017 à Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrogão Grande.

A conferência decorre a partir das 16h30. As inscrições devem ser feitas para secretariado@pasc.pt.





terça-feira, 14 de novembro de 2017

3rd eHealth Security Conference - "Segurança em eHealth | Proteção do Hospital do futuro"



O Conselho de Administração da SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E. e a ENISA - Agência Europeia para a Segurança das Redes e da Informação organizam a 3rd eHealth Security Conference - "Segurança em eHealth | Proteção do Hospital do futuro", que se realiza amanhã, 15 de novembro, no auditório Prof. Simões dos Santos na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa.

Tendo em conta os trabalhos desenvolvidos pela SPMS, EPE em matéria de segurança, a ENISA escolheu Portugal como país anfitrião da sua conferência anual. A iniciativa conta com especialistas de diferentes estados-membros com o objetivo de partilharem  conhecimento e promoverem a troca de experiências.

Num espaço de duas semanas, e até ao momento, o evento já conta com 500 inscrições, e mais de 20 oradores nacionais e internacionais confirmados, na sua maioria especialistas internacionais.

A conferência destina-se a todos os profissionais de Saúde por forma a terem mais informações sobre as diferentes soluções tecnológicas e boas práticas neste âmbito.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

RGPD pode vir a ser aplicado no mundo inteiro



Brad Smith, diz que o Regulamento Europeu de Proteção de Dados deve generalizar-se ao mundo inteiro porque os «recursos são escassos» para as multinacionais terem outra matriz. As declarações foram feitas durante a sua intervenção no palco SaaSMonster da Web Summit que terminou ontem.

«O RPGD vai ser o modelo para todas as empresas como arquitetura para privacidade de dados», prevê o presidente da Microsoft.

Smith assegura que a Microsoft gosta da nova legislação por ser benéfica para as organizações que têm muitos dados e «dependem da confiança dos clientes». Outra razão apontada para o RGPD ser útil, é que estabelecer uma arquitetura de privacidade de dados de clientes torna-ser para uma empresa «muito complicado». Na sua opinião tudo sobre o assunto «pode ser debatido».

O processo de adoção do RGPD, contudo, demora tempo e é preciso definir uma arquitetura para a engenharia poder criar os serviços e a oferta em conformidade, sobretudo em cloud computing

«Nós não detemos os dados do cliente e temos de ser responsáveis», lembrou Brad Smith.

As regras estipuladas restringem a retenção e uso de dados durante muito tempo, o que força as empresas a servir o consumidor garantindo os direitos de privacidade do mesmo.

A APDSI tem promovido e co-organizado vários encontros e debates sobre o RGPD. No ano passado começou por fazer uma conferência na Sala do Senado da Assembleia da República que pode recordar aqui.

Veja, também, de forma simplificada, o "Plano de 13 Passos RGPD", criado pela SAGE.


Plano de 13 passos RGPD - Sage

Para mais informações sobre o RGPD, visite esta página.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Estudo Europeu sobre Robótica, Inteligência Artificial e Impressão 3D revela benefícios para as PMEs



Estudo Europeu sobre Robótica, Inteligência Artificial e Impressão 3D revela benefícios da aplicação da robótica para as PMEs. O estudo, financiado pela Comissão Europeia, enquadra-se no âmbito dos trabalhos desenvolvidos pelos grupos de estudo da Associação "Competências e Empregabilidade" e "Robótica".

A pesquisa, cujo resultado final pode ler aqui, abordou PMEs e cidadãos individuais.

83% das PMEs confirmaram os benefícios para a sua empresa no uso de robôs e 79% identificaram tarefas que poderiam ser automatizadas no futuro. 90% dos entrevistados pensam que a aquisição de conhecimento em robótica poderia dar-lhes uma vantagem no mercado de trabalho. No entanto, apenas metade já fez alguma formação sobre o assunto. 61% estão certos que, no futuro, o seu trabalho vai envolver robótica e robôs. Isso também corresponde às respostas dos entrevistados individuais, na medida em que apenas 6% têm um nível de conhecimento profissional sobre o tema, 63% tem algum nível e 31% nenhum conhecimento.

O projeto "Erasmus + ROTENA: Robótica para a Nova Era" tem como objetivo usar os efeitos da robótica e da impressão 3D para motivar os estudantes para a ciência e para o desenvolvimento de programas que os envolvam ativamente na revolução tecnológica da nova era.

A robótica é um mercado em rápido crescimento, cada vez mais impulsionado pelo desenvolvimento de produtos novos e melhorados em áreas tão diferentes como: a indústria, a busca, salvamento e recuperação, a inspeção e monitorização, a cirurgia e cuidados de saúde a habitação e ao setor automóvel, os transportes e logística, a agricultura, entre outras. O rápido crescimento da utilização de robôs nas nossas casas e no nosso trabalho, em hospitais e em ambientes industriais propicia uma visão inspiradora sobre o seu benefício para a sociedade e a necessidade de definir prioridades para estimular a área da robótica nesta fase da sua evolução, de modo a potenciar o seu crescimento, o emprego e a inovação na Europa.

De igual modo, a impressão 3D oferece muitas oportunidades novas na arquitetura, na construção, no design industrial, nos ramos automóvel, aeroespacial e militar, na engenharia, na indústria dentária e médica, na biotecnologia (substituição do tecido humano), na moda, calçado, joalharia, óculos, educação, sistemas de localização geográfica, alimentação entre tantas outras áreas. Esperam-se transformações, mudanças e novas oportunidades nos ecossistemas industrial e empreendedor.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Tomada de Posição da APDSI "Portugal é um só! Gestão Integrada da Informação do Território Português após os Incêndios de 2017"




"Portugal é um só! Gestão Integrada da Informação do Território Português após os Incêndios de 2017" é o mote da Tomada de Posição da APDSI desta sexta-feira, 27 de outubro. Consulte aqui as 11 propostas de ação da Tomada de Posição da APDSI.

A APDSI, enquanto organização da sociedade civil, sem fins lucrativos e de utilidade pública, mobilizada por causas conducentes ao desenvolvimento e transformação digital do país, manifesta a sua profunda preocupação com a ineficiência do Estado na prevenção e combate aos incêndios ocorridos durante o verão de 2017 e com as medidas tomadas pelos poderes públicos na sequência dessa tragédia que ocorreu no nosso país, especialmente no que se refere à utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC) na gestão do território português.

A Associação está disponível para colaborar em todas as iniciativas públicas e privadas que visem a valorização e desenvolvimento do território português, através do planeamento, gestão e utilização adequada de sistemas e tecnologias de informação de base territorial.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Conferência anual da itSMF: "Tendências da Gestão de Serviços TIC no Contexto da Inovação"


A itSMF organizou a sua 14.ª Conferência Anual a 10 de outubro, em Lisboa, sob o tema "Tendências da Gestão de Serviços no contexto da Inovação".

Fernando Carvalho Rodrigues, pai do primeiro satélite português, o poSAT-1, abriu a conferência com um enquadramento histórico da teoria da evolução humana onde, conforme demonstrou, há muito tempo que se releva a importância da cooperação entre os Seres Humanos. «Uma espécie tem tanto mais sucesso quanto maior for a capacidade dos seus Seres individuais cooperarem entre si», recordou o professor, citando Piotr Kropotkin.

A evolução até aos robôs foi descrita por Carvalho Rodrigues como uma aventura dos nascidos humanos que transferiram conhecimento para os não humanos e seres de silício (fabricados) com cada vez mais prerrogativas operacionais. «Fizemos isto tudo sem dar conta, por isso, estamos numa sociedade que apareceu sem debates e sem votações mas que existe e muda constantemente», lembrou. 

Da complexidade dos dados, há que chegar à simplicidade de uma informação que se quer filtrada e útil com base no sistema de crenças que o professor descreveu como «o conjunto dos pares dos argumentos e seus pesos». Este sistema de crenças, para ser fiável, deve basear-se em argumentos como imagens, modelos de observação, e equações tiradas de interações porque «o que interessa é o sistema de crenças por detrás do algoritmo. Onde há interação e simplicidade de dados é onde há riqueza, ou seja, muita informação com poucos dados».

Enquanto organismo de normalização setorial para as TIC desde 2011, para a itSMF foi importante ouvir casos reais de casos bem sucedidos de gestão de serviços TIC, como foi o caso trazido por Sara Carrasqueiro e Ângela Dias, dos SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

A direção de sistemas de informação do Ministério da Saúde fez uma melhoria do ecossistema através do recurso a aplicações interoperáveis (cerca de 60 utilizadas por quase todas as unidades de saúde públicas). A esta remodelação não é alheia a insatisfação de muitos utentes que obrigou a uma nova equação dos esforços que estavam a ser feitos, garantindo que todos estavam a usar bem as aplicações e dados disponibilizados. «A gestão da mudança passou pela formação nos processos, apoio ao utilizador e formação na ferramenta itsm», explicou Sara Carrasqueiro.

A valorização dos dados também foi o destaque da apresentação de Rui Ribeiro, da IP Telecom, que falou sobre a certificação ISO 27001 e explicou que a informação é dos ativos mais importantes da empresa. «Os dados são o novo petróleo do século XXI. Um gestor que queira tomar decisões precisa deles para gerir conhecimento», concluiu Rui Ribeiro.

"Managing the Robots that Manage Services" foi o tema da apresentação de Robert Falkowitz na Conferência anual da itSMF Portugal '17. Para o especialista foi importante estabelecer a diferença entre robôs autónomos e dedicados e os que têm uma utilização mais generalista (praticamente tudo, hoje em dia, é um computador). Sobre as semelhanças e simulacros que se fazem para estabelecer uma similitude entre robôs e humanos, Falkowitz tranquiliza quem não vê o service management com bons olhos: «Os robôs não conseguem perceber emoções nem mensagens inarticuladas ou pouco claras. E muitos dos devices que usamos vão continuar a precisar da intervenção dos humanos porque não têm capacidade para se repararem a si próprios». Sobre a pertinente questão do engagement emocional, o especialista despede-se de Lisboa com a seguinte provocação: «O que vamos fazer quando os nossos clientes também forem robôs?»

Quando se olha para a valorização das economias, vemos que o sucesso é das que estão a fazer melhor utilização das tecnologias digitais, sublinhou Jorge Portugal, da COTEC - Associação Empresarial para a Inovação. O desafio futuro passará por uma melhor e mais controlada gestão das plataformas digitais que se colocam entre o produto e o cliente. «A maior parte das empresas tem um período de inovação e depois abranda esse ritmo. Isso não é correto», adverte o representante da COTEC.

Diego Berea trouxe à conferência o seu ponto de vista sobre "Inteligência Artificial Aplicada à Interpretação Automática de Indicadores de Gestão de Serviços". Neste campo o grande desafio que se coloca atualmente é o de como transformar dados em texto, podendo, assim, fazer-se previsões contextualizadas com um mínimo de intervenção humana. «Num futuro próximo queremos melhorar tanto os bots que as pessoas nem se apercebam que estão a falar com uma máquina. É levar o modelo data-to-text aplicado à gestão de serviços», antecipou Berea.

Stuart Rance conquistou a audiência da 14.ª Conferência anual da itSMF Portugal pela inusitada e humorada apresentação na qual começou por dar exemplos de empresas bem sucedidas no mercado, sublinhando que têm um ponto em comum: estão focadas na experiência do utilizador. «Os computadores propriamente ditos tendem a desaparecer. Vamos dizer: este é o meu carro, esta é a minha torradeira, este é o meu frigorífico porque, na verdade, já assumimos com grande naturalidade que é um computador que está lá dentro», provocou.

Fazendo alguma futurologia, Stuart Rance acredita que no futuro serão valorizadas as experiências individuais do utilizador, em detrimento de longos tutoriais para acompanhar o software. Para que tal aconteça, é fundamental a cooperação já abordada por Fernando Carvalho Rodrigues, «para que todos contribuam e facilitem o processo».

Sobre a norma ISO 20000-1 de Gestão de Serviços em TI, que já existe desde 2005 e serve para implementar e certificar, Mário Costa, presidente da comissão técnica de gestão de serviços e governação, lembra que a edição de 2018 vai ser alvo de melhorias, tornando o processo mais fácil, flexível e menos exigente em termos documentais. Entre 2015 e 2016 a ISO 20000-1 cresceu 63%, sendo que na Ásia foi onde se verificou o maior crescimento.

Ana Ramos, da eSPap - Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I.P. - trouxe à conferência o bom exemplo do projeto de faturação eletrónica que está a decorrer para todas as entidades da administração pública. «O futuro assenta numa lógica de arquitetura e prestação de serviços articulados entre os parceiros tecnológicos e económicos com outros parceiros como autoridade tributária e segurança social. 

Rui Soares, da itSMF Portugal, encaminhou a conferência para o final advertindo para o facto de que o risco existe quando temos dois ingredientes: incerteza quanto ao resultado e um impacto determinante. Ainda assim, no seu entender, correr riscos nesta área é fundamental para que os ganhos também tenham oportunidade. «Há sempre risco residual, não existe risco zero», resume.

O debate que encerrou a conferência foi moderado por José Carlos Martins e confrontou pontos de vista sobre "A Gestão de Serviços TIC no contexto de inovação". Nele participaram Paula Salgado, Frederico Serras Gago, Miguel Muñoz Duarte e Filipe Coelho.


terça-feira, 17 de outubro de 2017

Conferência da APDSI discute problemas e oportunidades na Deep e Dark Web


A APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação - organizou a conferência “Um Mergulho no Escuro da Deep e Dark Web” a 13 de outubro, no Museu da Água, em Lisboa.

Para melhor compreender os perigos e oportunidades que se escondem na deep e dark web e que podem ser aproveitados por organizações e indivíduos, a APDSI reuniu um conjunto de especialistas que mostraram algumas das várias valências do Tor - The Onion Router, um software livre e de código aberto que proporciona o anonimato na navegação, recorrendo a várias camadas de cifra.

O termo “Deep Dark Web” foi criado por Michael K. Bergman, CEO e cofundador da Structured Dynamics LLC para se referir aos conteúdos que não podem ser indexados pelos motores de busca e, por isso, não estão disponíveis diretamente para quem navega na Internet.

Luc Billot, CyberSecurity Technical System Architect, falou na conferência da APDSI sobre as quatro camadas de navegação existentes de Internet: common, surface, bergie e charter. A common web é, grosso modo, a Internet “normal”, a que todos nós acedemos diariamente. A surface web já é um lado mais “escuro” da web onde ficam sites fora do comum, mas que, ainda assim, se podem ver com alguma facilidade. A bergie web é o último nível de classe “baixa”, onde estão sites de grupos fechados e que utilizam proxy, Tor ou alguma outra ferramenta que lhes permita acesso. Conteúdo adulto, depoimentos de hackers, manuais de suicídio ou documentos de organizações mafiosas podem morar aqui. A charter web é a deep web. Os planos e estratégias de negócio da Tesla, por exemplo, acredita-se que estão num nível bastante profundo da deep dark web.

O que fazer, contudo, para garantir a segurança nestas navegações? Ter dois computadores (um só para navegar nas águas profundas da Internet) e ter advanced malware protection, antecipa Luc Billot, acrescentando que, ainda assim, é perigoso. Para o especialista é importante ressalvar que «nem tudo é mau na deep e dark web, que se pode usar em países onde há censura e para monitorizar a utilização da cloud, por exemplo». Apenas 4% de toda a Internet é conhecida dos top managers, o que quer dizer que a quantidade de virtual data existente «é muito extensa. Todos os dias descobrimos algo novo», remata Luc Billot.

Henrique Domingos, da Faculdade de Ciência e Tecnologia da UNL e da ISOC, colocou a tónica da questão da regulação na deep web «para nos protegermos melhor». O professor referiu a surpresa que teve quando, recentemente, numa das suas turmas de alunos no Alentejo, se apercebeu que metade usava o Tor frequentemente. «Muitos estão conscientes do que estão a fazer e do quanto se estão a expor na Internet. Há aspetos de privacidade a acautelar mas nós fazemos uma leitura diferente da privacidade da que é feita pelas gerações mais jovens», enquadrou o professor. Para Henrique Domingos, o bloqueio da Internet tem implicações grandes e graves ao nível da economia, pelo que a regulação será o caminho a seguir mas «os políticos nestes debates da deep dark web estão totalmente ausentes», lamenta.

Ainda no campo académico, Pedro Adão, professor do Instituto Superior Técnico, diz não ter qualquer resistência a que os alunos explorem vulnerabilidades: «As tecnologias podem ser usadas para coisas boas ou para coisas más. Estamos a tentar que seja um problema digital algo que não é, até porque pode ser usado para evitar censura em países que a têm ou para anonimizar uma rede digital de voto». No entanto, é necessário acautelar os ataques de correlação, de timing e injeções de scripts que podem ocorrer nesta camada de navegação na Internet.

Mário Valente, um dos primeiros piratas informáticos em Portugal que chegou a ser arguido em processo-crime por operação ilegal nas telecomunicações, também deixou o seu testemunho na conferência da APDSI. O agora denominado ethical hacker esclarece que na deep web se encontram muitos serviços e entidades legítimas a operar: «O Estado e a Administração Pública estão lá. O registo predial, comercial e automóvel não é indexável».

Viver com a consciência de que existe escuridão, foi a principal mensagem deixada por Carlos Nunes, da Polícia Judiciária - Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica. Se, por um lado, não se consegue fugir ao desconhecimento e preconceito sobre uma tecnologia que tem um modo de funcionar que permite a recolha de benefícios sem se identificar quem deles beneficia, por outro, o recurso ao Tor «não é um problema em si mas as consequências que lhe estão agregadas». De salientar que o Onion Router pode alojar sites e sistemas informáticos e levar a liberdade de expressão onde não existe.

Ainda assim, se, no “mercado do tudo”, a procura e a oferta garantem anonimização, também não é possível proteger um cliente enganado. O vendedor não é rastreável mas o problema reside no fenómeno, não na rede, acrescenta Carlos Nunes.

Hugo de Sousa, assessor para a Inovação da Ministra da Justiça, considera urgente o recrutamento de profissionais na área que são escassos: «O Estado tem de ser capaz de atrair e manter talento e dar uma resposta mais eficiente nestas matérias».

Hugo de Sousa deixou a notícia de que está a ser construído um novo site para o Ministério da Justiça, no qual a segurança é a forte aposta numa «cultura centrada no utilizador para garantir que temos um Estado Digital».

Ajudar a pensar a deep e dark web foi o objetivo da APDSI com a conferência de sexta-feira 13.



quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, aponta o Tribunal + como exemplo positivo da transformação digital do Estado


A Secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, esteve hoje na sessão de abertura da conferência da APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação - intitulada “e-Government 2017 - A transformação digital do Estado e o desenvolvimento da Sociedade”. 

Uma das primeiras questões levantadas pela representante do Governo prende-se com a pertinência do trabalho desenvolvido pelos departamentos de informática da Administração Pública e na forma como estão a acompanhar a mudança da sociedade, ou seja, como é que os backoffices estão a corresponder às exigências de frontoffice. Com o avanço das tecnologias a ocorrer de forma extremamente rápida, é preciso assegurar a integração confortável dos utilizadores nos sistemas desenvolvidos pelos profissionais da área, evitando o conflito.

Como bom exemplo de transformação digital no Estado, Anabela Pedroso apontou o “Tribunal +” onde, após uma sequência de mecanismos adaptados da metodologia Kaisen (de melhoria contínua de processos), foi conseguida uma redução na ordem dos 60% no número de cidadãos a circularem no interior dos tribunais e no volume de papel utilizado.

Delfina Sá Soares, da Universidade das Nações Unidas, lembrou que o mundo ainda corre a dois tempos em matéria de novas tecnologias e que, os mais desenvolvidos, já pensam no bem estar da sociedade para 2030. «Estamos a ser confrontados com o aparecimento de novas tecnologias e com experiências que não conhecemos bem mas que podem ter imenso potencial na administração pública, como por exemplo as blockchains», sublinha a professora.

Quanto ao OGD - Open Government Data, Delfina Sá Soares lamenta que ainda seja pouco usado para «explorar os dados através das tecnologias de data analytics» e acredita que tal se deve às questões de privacidade e segurança do cidadão que ainda olha para este fenómeno com alguma desconfiança: «Até agora a maior parte dos países ainda só teve custos com o OGD». O cidadão deve, no entender da professora, ser o elo condutor do design e da produção de serviços para que, no final, se obtenha aquilo que a população realmente deseja.

Luís Borges Gouveia, da Universidade Fernando Pessoa, ressalvou a importância das soft skills e da sensibilidade humana no mundo digital. Nas contratações para as TIC devem ser atendidos o saber fazer, ser e estar: «Quem estiver disponível para aprender é muito mais valorizado do que quem tem muitas competências técnicas que, a seguir, vão ser ultrapassadas». Atitude, talento e trabalho em equipa são, resumidamente, características que a Administração Pública deve passar a valorizar nos seus recursos humanos.

Da Universidade do Minho, Luís Amaral focou a sua apresentação nas assimetrias existentes internacionalmente e mesmo dentro de Portugal no acesso à Internet, o que obriga à salvaguarda de direitos e deveres na promoção da transformação digital.

Do lado da Administração Pública, André Vasconcelos, da AMA - Agência para a Modernização Administrativa, deixou uma perspetiva otimista da mudança que o Governo tem vindo a fazer «não só na disponibilização da oferta mas na utilização, na garantia de que os serviços estão a ser utilizados». Quantos aos desafios que ainda se colocam até 2020, é preciso assegurar uma transformação digital com forte aposta nos recursos humanos e, para isso, os «fundos comunitários são uma cenoura importante para alargar esta estratégia».

Henrique Martins, SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, referiu o portal da saúde como um dos mais visíveis marcos de sucesso de transformação tecnológica na área da saúde e ainda a recente criação de uma página de Facebook para o SNS. Já internamente, essa mudança está a encontrar algumas resistências: «Temos milhares de funcionários no SNS e é preciso mudar tudo o que andam a fazer. Tem sido um trabalho lento mas efetivo», salienta Henrique Martins.

O reforço de recursos humanos para 2020 é, no entender de Henrique Martins, «o que pode garantir o salto quântico na qualidade dos serviços disponibilizados». A privacidade dos dados não deve ser vista como um problema mas sim como uma oportunidade para o Estado garantir uma boa relação contratualizada e de confiança com o cidadão «fundamental para o sucesso do 2020 e das competências para o digital».

Da ESPAP - Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública IP, Jaime Quesado desafia o Estado a trabalhar mais em rede por forma a conseguir ter uma melhor capacidade de resposta dos serviços. «O Estado tem de fazer da inovação o seu mote para que a transformação digital realmente ocorra», ressalva. Sobre a perspetiva para 2020, Jaime Quesado nota que não há profissionais suficientes para fazerem face à procura atual na área das TIC.

Numa perspetiva de mercado, Carlos Lobo, da EY, entende que «um Governo mais eficiente e uma sociedade mais justa são os objetivos de intermediação entre o cidadão e a Administração Pública que é boa a criar modelos mas péssima na adaptação do backoffice à realidade». Uma opinião secundada por Fernando Reino da Costa, da Unipartner IT Services, que lembra a importância de se conhecerem bem os hábitos do cidadão «para se canalizarem estratégias e recursos de forma correta».

Joana Costa, da GFIPortugal, defende que o foco em qualquer processo de transformação digital são as pessoas e deu como exemplo interno a figura do Chief Innovation Officer que garante que a inovação serve o negócio da empresa.

Pedro Duarte, da Microsoft Portugal, lamenta que o Estado ainda não esteja a fazer o suficiente pelas competências digitais das gerações futuras: «Falta um enquadramento nacional e a disrupção é muito rápida». A inclusão e a literacia digital são as suas maiores preocupações.

No final da sessão foi feita a entrega do “Prémio APDSI e-Gov 2017”. O prémio foi atribuído à Autoridade Tributária e Aduaneira pelo “IRS Automático”. «Este prémio não é só das pessoas de 2017 mas sim de todas as que ao longo destes 20 anos levaram este barco para a frente», destacou Luís Vidigal, presidente da Direção da APDSI. A Menção Honrosa foi para o portal do Serviço Nacional de Saúde.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Conferência da APDSI: "Um Mergulho no Escuro da Deep e Dark Web"



A APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação - organiza a conferência "Um Mergulho no Escuro da Deep e Dark Web".

O evento realiza-se no dia 13 de outubro, entre as 14h00 e as 18h00, no Museu da Água (Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos), em Lisboa.

A Deep Web, a parte da rede invisível para os sistemas e mecanismos de pesquisa na Internet, é onde estão redes sociais, sítios web de partilha de fotos e vídeos, catálogos de bibliotecas, sistemas de reservas de companhias aéreas, listas telefónicas e todos os tipos de bases de dados científicos. Estima-se que este conteúdo oculto, a que não conseguimos aceder a partir dos tradicionais motores de busca, corresponda a cerca de 95% de toda a web.

Esta Deep Web, "escondida" sob um manto de invisibilidade que a tecnologia lhe proporciona, permitiu a utilização e crescimento de uma nova Internet descentralizada, cifrada, perigosa e muito para além da legislação.

Se em boa parte da Deep Web estão sítios e páginas com informação útil e importante, a verdade é que outro fragmento é acedido através do recurso a uma peça de software conhecida por TOR - o canto mais sombrio da Internet que permite aceder a uma coleção de sites secretos, que terminam em .onion. Este sistema é utilizado por quem, na sua atividade na web, não quer ser rastreado. Para isso, o modelo subjacente ao TOR proporciona um sistema de retransmissão que remete sinais entre diferentes computadores habilitados para TOR em todo o mundo. Na última década, este método tornou-se um centro para mercados negros que vendem ou distribuem drogas (um exemplo é o famoso Silk Road), cartões de crédito roubados, pornografia ilegal, media pirateada e muito mais.

A Deep Web merece, assim, ser analisada de forma a determinar se devemos ou não mudar a forma como se exploram as informações e elementos online e examinar as questões da privacidade e as ameaças que dela podem advir. No mesmo sentido, a APDSI entende que importa compreender quais são as oportunidades de que dispõem organizações e indivíduos.

Consulte o programa detalhado no site da APDSI. As inscrições são gratuitas mas obrigatórias e devem ser feitas aqui.