quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Pequeno-Almoço "Gestão de Território 2.0"



A APDSI organizou, a 16 de fevereiro de 2016, mais um Pequeno-Almoço temático, desta vez numa abordagem informal à "Gestão de Território 2.0". Como habitualmente, as duas horas de debate e troca de ideias decorreram na sede da Associação e passaram à volta de assuntos como a participação dos cidadãos no registo territorial através das redes sociais bem como as vantagens e desvantagens de haver dados territoriais abertos.

A Eng.ª Ana Neves dinamizou a conversa na qual participou o moderador do grupo de Sistemas de Informação Geográfica da APDSI, Mário Rui Gomes, representantes da academia, da Segurança Social e vários outros profissionais com percursos ligados à geografia ou à programação informática.

Com o pequeno-almoço em simultâneo, a primeira grande conclusão a que o grupo chegou é que nós, enquanto cidadãos, precisamos dos dados territoriais mas não sabemos exatamente que dados são esses, que entidades os gerem, nem de que entraves concretos se fala quando o acesso à informação não é facultado.

Há projetos-piloto e vários outros já desenvolvidos ao nível autárquico mas foi unânime a convicção de que falta organização e coordenação, que poderiam ser ultrapassadas mediante um inventário do que já foi feito para se evitarem, deste modo, repetições de tarefas, produtos e resultados. Há oferta tecnológica e capacidade para se construírem plataformas mas é necessário agregar dados e construir pontes. 

O princípio de custo-benefício foi outro caminho apontado para se conseguirem bons sistemas georreferenciados integrados e uma boa base cartográfica que os sustente.

No âmbito das experiências positivas partilhadas no encontro "Gestão de Território 2.0" foram deixados os testemunhos de trabalhos (apps) já feitos no mapeamento de casas devolutas e obstáculos para deficientes, também o exemplo da SenseMyCity, uma aplicação desenvolvida para smartphones que regista o dia-a-dia dos utilizadores, para avaliar níveis de stress, nascida no seio do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, também o planeador colaborativo de deslocações em bicicleta em Lisboa, do Instituto Superior Técnico e INESC-ID, Cycle My City, ou, ainda, o exemplo de como a população mundial e, mais especificamente, a comunidade OpenStreetMap se uniu para ajudar a mapear estradas completamente destruídas depois do trágico sismo que, em 2010, afetou o Haiti. 

Nos minutos finais das duas horas dedicadas à "Gestão de Território 2.0" ficou decidido encaminhar o desafio às entidades governamentais que poderão tirar partido de eventuais projetos europeus que existam para a gestão do território no âmbito digital.

O objetivo principal dos Pequenos-Almoços temáticos da APDSI é provocar a discussão sobre como as ferramentas sociais estão a influenciar a sociedade. De recordar que esta foi a 5.ª edição dos Pequenos-Almoços sobre a temática 2.0. No ano passado foram abordados os "Negócios 2.0", em duas sessões, o "Amor 2.0" e a "Educação 2.0". Em abril, a APDSI retomará esta atividade.

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