sábado, 26 de dezembro de 2009

A Década do GRÁTIS

Por ocasião da quadra festiva que atravessamos, em virtude de todos nós recebermos inúmeras mensagens escritas de diversos tipos e formatos, talvez pressionado psicologicamente para agradecer, respondi a algumas pessoas com uma mensagem festiva improvável. Que é a seguinte. Muda-se de carro, muda-se de casa, muda-se de mulher, muda-se de ano… mas nunca se muda de... . Aceitam-se sugestões!

Gosto de ser bastante crítico começando por mim próprio. Com inúmeros dissabores ao longo dos anos mas sempre de consciência tranquila, a solidariedade, para mim, deve ser praticada todos os dias e os momentos vividos em data oportuna, quebrando a obrigação das datas e do formalismo imposto pela maioria dos países.

Vem isto a propósito de dois artigos que li recentemente. O primeiro descreve que o futuro é grátis. O segundo chama a atenção para o projecto OLPC (One Laptop per Child). Decidi partilhar o que penso sobre este tema e o que nos espera a próxima década que está prestes a iniciar-se.

O caso português de sucesso do Magalhães tem corrido o mundo inteiro. Em termos de tecnologia, talvez não seja assim tão interessante "esmiuçar". No entanto, a principal vantagem da sua utilização por miúdos e graúdos é, na minha opinião, residir no facto do consumidor final entender o produto e o que pode fazer com ele. Basicamente é um computador barato, leve e com design moderno, tem todas as funcionalidades de um portátil de "marca" com ligação à internet e pronto a usar.

Comparativamente, o projecto OLPC materializado pelo conceito XO-3 pretende revolucionar o mercado dos portáteis de baixo custo em 2012. Dizem-nos que o conceito do XO-3 é muito simples: toda a máquina é um ecrã táctil de espessura reduzida. No imediato, o protótipo XO 1.5 vai chegar ao mercado em Janeiro, por um preço próximo dos 200 dólares (cerca de 140 euros). Até lá, o nosso Magalhães, evoluirá para a gratuitidade?

Algumas ideias de fazer negócio com tendência para o GRÁTIS:

  1. Oferecer software, vender hardware (Ofertas conjuntas Linux da HP e IBM);
  2. Oferecer hardware, vender software (o modelo das consolas de videojogos);
  3. Fazer testes grátis (assinaturas de revistas, livros para provável adopção);
  4. Oferecer artigos científicos, cobrar aos autores para os publicar (Biblioteca Pública de Ciência);
  5. Oferecer listas de currículos, cobrar a busca prioritária (LinkedIn);
  6. ...
Será que, quando não há custo, não há compromisso?

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